REVISTA – AMIGA
Acupuntura para tratar dependentes químicos
A acupuntura tem ampliando seu leque de atuação. Ela está sendo aplicada na recuperação de dependentes químicos, na recuperação acelerada de lesões esportivas e na suavização das rugas de expressão. O médico Márcio de Luna comenta que os cursos nessa área, nos Estados Unidos, estão com as vagas lotadas, especialmente no Estado do Arizona.
“No Brasil, os departamentos esportivos são muito conservadores. Poderíamos ajudar muitos atletas, mas nosso trabalho é pouco conhecido”, fala o médico. A medicina esportiva tradicional usa basicamente fisioterapia, anti-inflamatórios e analgésicos. Quando não resolve, apela-se para a cirurgia. Márcio acha que a acupuntura poderia entrar como tratamento paralelo. Os resultados desta experiência, ele garante, têm sido animadores.
A acupuntura facial é outra novidade. Ela não substitui a plástica, adverte o médico, mas suaviza rugas de expressão e é indicada para pessoas que não querem se submeter à cirurgia.
Mas a grande aplicação do método oriental é na recuperação de dependentes químicos, analisa Márcio. “O tratamento convencional para esse problema, com internação, psicoterapia e alguns remédios, deixa muito a desejar. O percentual de recaída é de 80%, ao final de dois anos de tratamento.” O comentário é baseado em dados internacionais, disponíveis na Internet.
“A maior referência no uso da acupuntura para dependentes é o médico Michael Smith, do Lincoln Hospital, no Bronx NY“. Márcio de Luna garante que é mais fácil tratar dependentes da cocaína e do crack do que alcoolismo e tabagismo. “A acupuntura restabelece os equilíbrio orgânico, às vezes com o apoio de plantas medicinais, vitaminas e sais minerais”, explicou. O tratamento dura em geral de seis meses a um ano.
Extraída da revista Amiga, número 1.553, em 15 de fevereiro de 2000.