REVISTA – SAÚDE É VITAL
Assunto de mulher discutido em chinês
A medicina oriental dá a sua explicação sobre as causas da celulite e propõe a sua maneira de enfrentá-la – mas sem milagres, já que eles não existem nem aqui nem na China.
Tudo começa com um desarranjo energético que pode ser causado por fatores genéticos, alimentação desregrada ou estresse. Com esses elementos com cena, o grande drama feminino – a celulite – ganha contornos de um história longe de um final feliz. A menos que você dê uma de roteirista para tentar mudar esse desfecho.
Um dos caminhos é pular o capítulo dos tratamentos convencionais, porque esse filme você já viu, e experimentar o jeito oriental de enxergar o problema. O princípio da Medicina chinesa é o do equilíbrio de forças opostas – yin e yang -, que geram a energia vital, regente do nosso organismo.
Para entender de que maneira o tratamento baseado na visão oriental pode atenuar a celulite, a SAÚDE! ouviu um renomado especialista no assunto, o médico Mauro Perini, professor assistente da Universidade Federal de São Paulo e diretor clínico do spa Yan Sou, em Bragança Paulista, no interior do estado. O primeiro passo, diz ele, é interromper o processo responsável pelo famigerado aspecto de casa de laranja. Como? “Fortalecendo a energia do baço”, responde.
O que esse órgão tem a ver com o nosso assunto? Para os chineses, muito coisa. Ele pode liberar ou represar os líquidos da derme, onde o mal se instala (veja o infográfico à direita). Além de dar uma força ao baço, é bom rever a alimentação.”Evite o leite e seus derivados, o trigo e o açúcar, porque eles favorecem a concentração dos líquidos que dão origem ao processo inflamatório”, diz Mauro Perini. “Tente substituir o primeiro pelo leite de soja e o trigo pelo milho”, ensina.
“Os alimentos frios, gelados , de um modo geral, também prejudicam a circulação”, acrescenta Márcio de Luna, diretor científico do Instituto Brasileiro de Medicina Tradicional Chinesa.
Os exercícios, claro, são bem-vindos, mas só os moderados. “Em excesso, enfraquecem ainda mais o baço”, avisa Mauro Perini.
Extraída da revista Saúde é Vital, número 244, página 62, em janeiro de 2004.